13.10.05

Mais do mesmo: a morte do impresso

Para desespero dos coleguinhas que continuam agarrados ao papel, surge mais uma previsão de morte para esse formato de mídia. Dessa vez foi o editor-chefe da mais importante revista de tecnologia do MIT, Jason Pontin, quem colocou o dedo na ferida. Aconteceu durante uma conferência sobre jornalismo em Atlanta, na presença de cerca de 60 profissionais de revistas independentes.
Pontin acredita que o jornalismo impresso está marcado para morrer não só pelo adiantado avanço da mídia digital, mas também pelo crescimento do jornalismo cidadão e dos gratuitos.
- Se há um futuro no jornalismo impresso ele passa ao largo do modelo de negócio bancado pela publicidade - diz ele, alertando os colegas para a necessidade de usar a internet para fidelizar os leitores.
Para mostrar de onde vem tamanha certeza, mostra os resultados da própria revista que edita. Sua carteira de assinantes caiu de 315 mil para 250 mil este ano, o que o forçou a uma elevação no preço da assinatura. Na comparação com o ano passado a revista amarga uma queda de 20% na receita com publicidade e de 25% no número de páginas editoriais este ano.
Pontin afirma que o momento é de acreditar na força dos leitores. É hora de ouvi-los e perceber sua capacidade de escolher suas próprias formas de encontrar notícias, independentemente da plataforma e das marcas que chancelam esse conteúdo. A busca por conteúdo no futuro próximo, acredita ele, será por autor, assunto ou freqüência.
Quem não prestar atenção a essas demandas do consumidor tenderá a sumir do mercado.