
Qual é a grande
diferença entre o trabalho de um jornalista de
mídia impressa para um profissional do
mundo on-line? Tem diferença? Basta aprender a mexer com htmls, photoshop, edição de vídeo e áudios para web?
É óbvio que lidar com o mínimo de
tecnologia se faz mais do que necessário. Mas não é só isso. É preciso desconstruir os processos com os quais lidamos desde a faculdade.
O primeiro a ser deixado de lado é a
vaidade. A mídia virtual ainda não reverbera e
repercute entre nossos pares como o fazem o jornal e a TV. Quem lembra de um grande nome do jornalismo on-line? Isso não existe, ainda. Quem são os editores-chefes dos principais sites de notícias do país?
Ninguém sabe.
O que se tem são os jornalistas do papel que caíram nos
blogs e no mundo da coluna-virtual: Noblat, Josias de Souza, Jorge Moreno, Fernando Rodrigues. Um nome gerado e nascido pela web ainda vai demorar a
surgir. E até que isso ocorra a garotada que deixa os bancos da universidade continuará almejando a assinatura no jornal, na revista ou a carinha assinando a reportagem de TV. O mundo virtual, infelizmente, ainda não empresta
prestígio a ninguém.
Mas traz à tona a
revolucionária autoria comunitária. Num site de notícias não há processos
solitários: para um site ir ao ar é preciso muita gente em muitos processos ao mesmo tempo. A autoria fica mais fluida.
Talvez por isso mesmo incomode tanto quem começa ou os mais
inseguros. Mas garanto que seduz muito quem já passou por esse estágio da
fogueira das vaidades de nossa profissão.