17.12.05

Curtas e boas sobre integração de redações

* USA TODAY - O maior jornal nacional do EUA anunciou esta semana que caminha para unir as redações off e online. Para isso, arrastou o big boss do conteúdo virtual para uma posição diretamente ligada a do editor chefe do impresso. Os demais editores do online devem seguir o mesmo caminho. Mas a integração será gradual e começará em áreas específicas como turismo e entretenimento, garantem os executivos.

* MSNBC - Jennifer Sizemore assumiu a função de editora chefe do MSNBC.com e gerente executiva de produção da NBC News. A intenção do grupo é aumentar a sinergia das redações da TV e do online. É a primeira vez que um executivo do site acumula o cargo com alguma posição hierárquica também importante no braço televisivo do grupo.

* POST - A ombudsman do Washington Post questionou essa semana o CEO do grupo sobre a integração das redações off e online. Ele responde que acredita em caminhos distintos para os dois produtos, em especial pela grande concorrência no mundo virtual. O artigo também compila, vejam só, reclamações dos coleguinhas do impresso, que se sentem desprestigiados na edição diária feita pelo povo do online (é sério). Confira a íntegra aqui

11.12.05

Scanear, navegar, buscar, flanar, cativar

Tive a oportunidade de participar de uma palestra do professor de jornalismo digital Javier Diaz-Noci, da Universidade do País Basco. Anotei algumas coisas interessantes. Os internautas teriam formas próprias e particulares de chegar ao conteúdo.
Alguns scaneiam a informação. Não se aprofundam.

Outros são os exploradores, navegam e clicam muito.

Uma outra tribo é usuária de site de buscas. E só, não querem nada além disso.

Outro grupo divaga, flana marginalmente e até pode cair no seu site de notícias em algum momento.

Enfim, o poder do leitor online é infinito. Cativá-lo é o grande desafio, mas tendo sempre em mente que somos responsáveis por aquele que cativamos.

Curtas e boas

* Depois de criar uma categoria web, o Pulitzer, prêmio mais prestigiado do jornalismo americano, anunciou que todas suas 14 categorias aceitarão material publicado pelos jornais na internet. Até aqui, apenas uma categoria, Serviços Publicos, aceitava conteúdo online. A nova regra é valida a partir da premiação do ano que vem. Em 2 categorias, Breaking News Reporting e Breaking News Photography, os jornais poderão concorrer com o que tenha sido publicado apenas na web. Nas outras, precisam combinar o online e o impresso.

* O Q!, jornal quase gratuito carioca, ajeitou a produção e está um pouco mais quente. Já está conseguindo manchetar notícias que acontecem pela manhã. E parece estar vendendo bem. O Meia Hora outro recém-nascido do mercado carioca bate na faixa dos 70 mil diários. E distribuirá celulares na promoção de fim de ano.

* Mais uma boa notícia para o mercado de trabalho no Rio: a Folha de S. Paulo estuda o lançamento de um jornal na cidade, para as viúvas do Jornal do Brasil. Muito bom, ainda mais se tiver uma redação online!!!

Grupo inglês de impressos joga a toalha

A notícia é dessa semana. O poderoso grupo Dayly Mail and General Trust anunciou que venderá todas os seus jornais impressos, entre os quais o Evening Standard, a bíblia dos londrinos, para dedicar-se somente a publicações online. O conglomerado tem cerca de 100 publicações impressas, que valem 2,2 bilhões de euros. O DGMT é proprietário do influente Daily Mail, do Evening Standard e do gratuito Metro. A iniciativa seria tomada em razão da forte concorrência de outros peso-pesados da imprensa regional, como o Trinity Mirror e o Johnston Press. A queda de publicidade, que migra gradativamente para a internet, também teria influído na decisão do DGMT. É, a fila anda rápido...